Einstein

O próprio Albert Einstein diz:

"Não se preocupe muito com as suas dificuldades em Matemática, posso assegurar-lhe que as minhas são ainda maiores."
(ALBERT EINSTEIN)


Luiz Aula Particular de Matemática

AULA PARTICULAR DE MATEMÁTICA PROFESSOR LUIZ são aulas de reforço especializadas em ajudar e acompanhar todos tipos de alunos com dificuldades em matemática "Básica" e disciplinas do "Ensino Superior". Neste blog você também encontrará reportagens, curiosidades, biografias, histórias, links para downloads de livros e vários outros assuntos relacionados a essa bela ciência chamada "Matemática".

Conteúdos trabalhados:

Matemática Básica: Toda conteúdo abordado do Ensino Fundamental e Médio.

Matemática Superior: Álgebra Linear, Geometria Analítica e Álgebra Linear (GAAL), Cálculo Diferencial e Integral, Cálculo de Várias Variáveis, Equações Diferenciais, Estatística Básica, Transformada de Laplace.

Minha Metodologia de ensino em Aulas Particulares é particular para cada aluno. As aulas particulares são sempre preparadas atendendo aos Interesses de cada aluno respeitando seus limites e dificuldades nossa equipe parte das ideias prévias que o aluno já possui para explorar pontos que ele tem mais dificuldades em aprender e solucionar seus problemas.

Caso interesse pelas Aulas Particulares acesse http://www.solucaomatematica.com.br/ ou entre em contato por email ou telefone que encontra-se no final da página.

Querem mais conteúdo matemático, como Livros, Notas de Aulas, Apostilas, Documentários, Artigos, Teses e várias outras coisas relacionadas a ciência exatas acesse: http://www.solucaomatematica.com.br/

domingo, 15 de maio de 2011

O 14 Bis

     Em 1903, o mundo já havia testemunhado o primeiro vôo dos irmãos Orville e Wilbur Wright com uma aeronave mais pesada que o ar. Só que a máquina dos dois mecânicos norte-americanos era incapaz de alçar vôo sem a ajuda de algum dispositivo - no caso, uma catapulta ou uma pista feita de troncos de madeira. Os irmãos realizaram mais três vôos com o Flyer, e tomaram para si o título de inventores do avião.
     Contudo, faltava ser inventada uma máquina voadora com autonomia de pouso e decolagem. Um dos aeronautas mais ativos do começo do século passado, Santos-Dumont concebeu o 14 Bis para concorrer a dois prêmios oferecidos pelas autoridades da aviação francesa a quem conseguisse voar 25 m e 100 m com uma máquina mais pesada que o ar que decolasse por seus próprios meios.
     Dumont já havia desenvolvido uma série de dirigíveis que exibiam agilidade, velocidade, resistência e facilidade de controles sem paralelo, e iniciou as pesquisas para o que seria o precursor do avião moderno. Primeiro, adotou a configuração das asas com células Hargrave, uma estrutura em caixa parecida com uma pipa que era usada em planadores e que permitia elevação com peso mínimo. Depois, escolheu um motor muito leve e com grande potência: um Antoinette de 24 HP feito por Léon Levavasseur, que era usado em barcos velozes de corrida. E, em seguida, escolheu o material de que seriam feitas as células e as juntas: seda japonesa, bambu e alumínio. O brasileiro juntou tudo isso e construiu um biplano do tipo canard, com asas na parte traseira e nariz na parte frontal.

     A aeronave era um segredo mantido a sete chaves em Neuilly, onde estava o galpão do inventor e sua equipe de construtores e artesãos. Configuradas em diedro, as asas ficavam situadas na parte traseira e continham três células Hargrave. O motor e o propulsor foram posicionados entre as asas, logo atrás do compartimento do piloto. Uma célula móvel no nariz atuava por cabos originalmente fabricados para relógios de igreja, e permitia a pilotagem e os ajustes de altitude. A estrutura do biplano era feita de bambu, seda japonesa e alumínio - materiais leves e resistentes. Dumont já havia usado a seda japonesa em substituição à chinesa na construção de seu primeiro balão a gás de pequeno porte, o Brasil 1.
     O biplano de Dumont percorreu a meia milha que separava Neuilly, onde foi construído, do Campo de Bagatelle, onde seria testado, na barriga do seu último dirigível, o nº 14, e puxado por um burro. Devido a essa configuraçao, o avião ficou conhecido como 14 Bis. Nos testes, as forças impostas pela aeronave quase rasgaram o dirigível ao meio. Dumont e sua equipe voltaram para Neuilly e reprojetaram o 14 Bis, ajustando o balanço e o posicionamento do peso do avião, com a ajuda de um cabo de aço conectado a duas varas, uma mais alta que a outra.

     Em agosto de 1906, o 14 Bis foi transportado novamente para Bagatelle para os primeiros testes depois dos ajustes. Nesses testes, descobriu-se que o motor Antoinette de 24 HP não tinha potência suficiente para atingir velocidades de vôo. Dumont substituiu-o por um de 50 hp que atingia 1.500 rpm. Em setembro, depois de testes de velocidade bem-sucedidos, Dumont anunciou que tentaria os prêmios aeronáuticos.
     Na data marcada, Dumont conseguiu um salto de apenas 13 metros e um motor no chão, não se qualificando para o prêmio, mas não desistiu. Após reparos, no dia 23 de outubro de 1906, o 14 bis finalmente voou quase 70 metros a uma altitude de 3 metros, diante dos olhares estupefatos de mais de 1.000 espectadores e da Comissão Oficial do Aeroclube da França, entidade autorizada a homologar qualquer atividade aeronáutica. Dumont conquistou o prêmio de 3.000 francos por um vôo de 25 metros. Ali mesmo, Dumont anunciou que tentaria o prêmio de 100 metros em 12 de novembro daquele mesmo ano.



Para fazer com que o 14 Bis percorresse uma distância maior, Dumont adicionou ailerons na célula do meio de cada asa. Os ailerons controlavam a estabilidade da aeronave e eram acionados por cabos anexados ao ombro das vestes do piloto. Com uma inclinação dos ombros, Dumont conseguia controlar a rotação dos ailerons e estabilizar o 14 Bis. No dia 12 de novembro, após três tentativas, Dumont e seu 14 Bis voaram 220 metros, a uma altitude de 4 metros. O prêmio de 100 metros também foi conquistado, assim como seu lugar na história da aviação.


Especificações técnicas do 14 Bis
Motor: Levasseur Antoinette, de 50 hp

Velocidade: 36,84 km/h
Peso: 160 kg
Comprimento: 10 m
Altura: 4,81
Envergadura: 12 m
Materiais: seda japonesa, bambu e alumínio
Nacela: vime

A polêmica com os irmãos Wright
     O reconhecimento de Santos-Dumont como inventor do avião é polêmico. Muitos afirmam que quem realizou o primeiro vôo com uma aeronave mais pesada que o ar foram os irmãos Wright, dois anos antes de Santos-Dumont e seu 14 Bis. Enquanto muitos dizem que Dumont criou o primeiro avião aplicável. E é em torno da aplicabilidade que gira a polêmica.
     O Wright Flyer, a aeronave de asas fixas desenvolvida pelos irmãos Wright, voou mais alto, mais rápido, mais longe, por mais tempo e com maior controle que o 14 Bis, mas só conseguia decolar com a ajuda de dispositivos de lançamento (uma catapulta ou uma pista de troncos de madeira). Já o 14 Bis podia levantar vôo por si só, a partir de uma superfície plana e achatada.
     Foi justamente essa característica de independência na decolagem e no pouso que levou a Federação Aeronáutica Internacional a considerar o 14 Bis como o primeiro avião aplicável.
     Mas tanto os Wright quanto Santos-Dumont têm sua parcela de contribuição na invenção do avião. Pelo menos é o que diz o livro "Conexão Wright - Santos-Dumont - A verdadeira história da invenção do avião", em que o autor, Salvador Nogueira, mostra que o avião é uma invenção conjunta de vários cientistas.


Referências: http://ciencia.hsw.uol.com.br/14-bis2.htm

Nenhum comentário:

Postar um comentário